bateste à porta. o som ecoou fraco, na incerteza do impulso imoral que te comandava. lutei contra a atracção que me puxava, pois eras o centro do meu mundo e as leis de newton são difíceis de contrariar. e fingi. fingi que tu não eras tu e eu não era eu, que nunca os nossos caminhos se haviam cruzado. fingi como tantas vezes tive que fingir que as palavras de amor que nos eram proibidas não te escapavam por mal. como tive que fingir que o que chorava eram gotas do mar.
e não te abri a porta.
mas tu querias entrar, ou achavas que querias. e entraste.
entraste como sempre fizeste, de mansinho e confiante, com a chave que há tanto tempo me roubaste fechada com força na palma da tua mão. sabias que eu não era forte o suficiente para mudar a fechadura do meu coração. ou talvez não o quisesse ser. na esperança que entrasses só mais uma vez...
... só mais uma, e ficasses.
mas foste embora. levaste a chave. e deixaste-me a mim...

como a um alguém fascinado com a luz do relâmpago mas que sabe que mais cedo ou mais terá que enfrentar o trovão.

um grande beijinho de parabéns... [sim, daqueles bons que só tu sabes dar]

para ti, príncipe dos meus sonhos e da minha vida.

e um pequeno desejo...
que tudo o que procuras se torne tão real e tão bonito como o teu sorriso...
e que a vida te brilhe com a intensidade do olhar meigo que mostras aos outros.

e que te lembres sempre... não sou apenas tua irmã, sou sobretudo tua amiga.

adoro-te mano :)

Um tipo da Universidade de Shanghai, queria expressar o seu amor à sua amada de uma forma original. O que ele fez? Ofereceu chocolates a todas as raparigas que vivem nos apartamentos para estudantes da Universidade pedindo-lhes que apagassem ou acendessem as luzes dos quartos às 20:00h, naquela noite. Podem ver o resultado na foto! Centenas de colegas estudantes vieram mais tarde para testemunhar esta obra de arte, produzida pelo maior dos sentimentos que o Homem conhece - o Amor!

retirado do pblog da Rosinha (:

incrível não é? ca para mim é uma das formas mais bonitas que o amor adquire... a fase de querer por tudo surpreender, agradar ao outro... é assim e só assim que se mantém a chama acessa; porque a partir do momento que consideramos o amor como adquirido, é o primeiro passo para ele nos escapar por entre as mãos. não basta amar... é preciso amar todos os dias :)

sinto-me traída.
traída por um amor que sussurra as palavras que anseio ouvir num ouvido que não o meu. traída por um beijo que me pertencia e não voltará, nunca como o desejei.

vazia.
vazia porque guardo todos os dias um pedaço de mim para um alguém que não guarda nem um bocadinho para me dar [e já lá vão tantos tantos pedacinhos...]. vazia porque assim bate o meu coração, por um amor que liberto mas não volta para me abraçar.

perdida.
perdida porque o tempo me deixou para trás e me esqueceu. perdida porque as lágrimas me cegam e me impedem de encontrar o caminho.

mas principalmente desiludida.desiludida sobretudo comigo, com o medo que tenho de arriscar, de me dar. com a maneira como me protejo e me encolho na minha concha como se quem a conseguisse abrir fosse dono de um tesouro imenso...
pois, acreditem-me... pouco ou nada há de valor aqui.

ele tinha 16 anos e queixava-se da vida. estava farto do relógio que se repetia constantemente, como de tudo o resto que não sofria mudança. viva emaranhado nas regras que a sociedade criara e tinha que seguir um comportamento rígido para ser respeitado. acordava com os caprichos do despertador, levantava-se às horas que o comboio exigia e passava os dias na escola, como todos esperavam que fizesse. mas ele estava farto. irritado, deprimido, triste... sobretudo triste, com todo o sofrimento que a vida o obrigava a enfrentar, a vida que nunca pedira para viver.
por vezes, olhava para os animais e invejava-os. tinha vontade de rebolar na relva como o cão da vizinha e perseguir o gato pelos telhados da noite. mas não podia. queria ser livre. ter um carro para fugir para onde lhe apetecesse e um trabalho que o sustentasse. queria ser independente. queria crescer.
nessa noite, viu uma estrela cadente. olhou-a com os sentidos bem despertos e segredou-lhe o seu desejo, adormecendo com um sorriso gratificante.
de manhã o despertador não tocou. esfregou os olhos com preguiça e imediatamente arregalou-os sentindo um misto de espanto e horror. não sabia onde estava. saiu do quarto que não era o dele e dirigiu-se à casa de banho. as suas sobrancelhas levantaram-se um pouco ao olhar o estranho que o enfrentava em tronco nu. o estranho levantou as suas sobrancelhas também. tentou articular uma interrogação mas imediatamente fechou a boca após concluir que o estranho a abrira simultaneamente. o estranho era ele.
olhou-se com atenção e viu pela primeira vez a barba que lhe escondia a cara [a barba que tanto desejara até à noite anterior]. tinha o peito coberto de pêlos e a barriga avantajada descaía sobre o elástico do pijama já velho. as olheiras pintavam-lhe os olhos e os braços adormeciam flácidos pelo tempo e desuso. o cabelo já branco sorria-lhe ironico à medida que ele tentava não gritar.
a casa estava vazia das fotografias da sua vida, da vida que não vivera. os livros deitados na prateleira afundavam-se na poeira dos romances que não quisera, do amor que sempre rejeitara.
- quem sou eu? - pensou.
de repente, o despertador tocou. o rapaz levantou-se com gosto e pela primeira vez em muito tempo sorriu, pensando em todas as histórias que ainda tinha por viver...

a vida arranca-nos o cordão umbilical e pára-nos o coração antes de um piscar de olhos. não há tempo a perder, não há tempo para sofrer... só há tempo para viver!

adormeci.
sem ti.

acordei na areia.
como uma sereia.

vi um céu azul.
uma gaivota a sul.

e vi-te.
senti-te.

eras um passarinho
não, um golfinho.
eras o meu caminho...

eras um elefante,
não, um viajante
eras a minha estrela brilhante...

eras um camaleão,
não, um dragão.
eras o meu coração...

e veio o pinguim, o panda e o urso polar
veio a águia e o rouxinol a cantar
veio o sol, veio a noite, veio a lua...
mas nenhuma nuvem tem uma imagem como a tua.

acreditas que fiquei o dia todo aqui?
à espera que as nuvens se transformassem num bocadinho de ti?
mas não...
nem o céu pode atingir a tua perfeição :)

mais um que já conhecem... sem tempo para mais. um grande beijinho cheio do verão que comecei hoje a gravar na pele e da brisa que me quer levar na noite... que é para onde vou (: *

parabéns amiga do coração (:

estranhas.
as relações.

estranha.
a maneira como as pessoas passam pelas nossas vidas e despertam sentimentos tão diferentes em nós consoante a época da nossa vida e os sentimentos que nos consomem.

passamos por várias fases.

primeiro sempre a aparência. quer em pessoas do mesmo ou de diferentes sexos, por mais que o neguemos, é esta que determina tudo. não apenas a atracção física, mas sobretudo a curiosidade que a outra pessoa estimula em nós, levando-nos a querer a todo o custo conhecer a sua personalidade para comprovar se é tão atraente como a sua figura. raramente o é, já que as altas expectativas transformam-se 90% das vezes em desilusões. por vezes a primeira aparência chega mesmo a hipnotizar-nos, levando-nos a amar tudo o que vemos na pessoa sem darmos conta do que ela traz de mau [há quem também lhe chame amor à primeira vista] - depois, quando o relógio acaba de balançar, cai-nos em cima um pesadelo [mas enfim... pormenores]. se esta primeira fase for positiva, passa-se à segunda;

a aproximação. as pessoas conhecem-se e por alguma razão passam algum tempo juntas e começam a apreciar a companhia da outra. procuram fazer actividades em conjunto, riem-se, divertem-se. esta 'amizade' pode ficar por aí durante muitos anos ou mesmo nunca passar disto. mas ha quem avance mais.

... para a confiança. é uma etapa em que temos de aprender a dar um bocadinho mais de nós se também queremos receber. as conversas ultrapassam o trivial e tornam-se desabafos. criam-se laços de carinho mais intensos e surge um porto seguro onde abarcar. trocam-se segredos, as pessoas deixam de se preocupar com o que o outro vai pensar e surge uma preocupação mais sincera, em que se diz o que por vezes necessita de ser dito e não o que o outro quer ouvir. as lágrimas caem sem medo.

há uma última etapa. muito rara. as palavras apenas estorvam e tudo pode ser dito através de um olhar, de um gesto. por aqui são escritas as mais belas cartas de amor e contados os maiores medos; aqueles que nem a nós mesmos temos coragem de contar.

[e vocês? em que etapa têm os vossos amigos?]

por fim, vem o tempo. qualquer que seja a etapa da amizade em questão, quando menos esperamos ele desarruma-nos os sentidos e provoca tempestades dentro de nós. empurra-nos em diferentes direcções e como duas plantinhas em ambientes diferentes, ensina-nos a crescer consoante os desafios que ele próprio nos obriga a enfrentar. ficam fotografias na mesinha de cabeceira, cartas borratadas pelas saudades, caixinhas de memórias enterradas no mais fundo de nós, naquele lugar bem cá dentro que guardamos porque dele depende a nossa vida. por vezes [como hoje] temos aquele sentimento enorme de perda. perguntamo-nos como estariamos se as coisas tivessem sido diferentes e que culpa temos nós disso. depois, pensamos se ainda vamos a tempo de mudar, de recuperar uma amizade que significa ainda tanto para nós...

talvez ambas precisemos ainda de um tempo para nos habituarmos ao clima em que nos plantaram, ou talvez já nao haja solução. mas eu acredito... acredito sobretudo na pessoa que és [talvez mais do que tu própria] e que podemos ultrapassar o vazio que preenche os 50 metros que nos separam. talvez não hoje... talvez não amanha... mas quem sabe um dia, quando percebermos que precisamos de todo o coração para viver e não podemos deixar que alguém nos leve um pedaço tão grande.

são palavras bonitas... eu sei, mas sinceramente... do fundo de tudo o que aprendemos a ser uma com a outra. ainda acreditas em nós? eu acredito... hoje mais do que nunca. [isto é também para ti Inês].

um grande beijo de parabéns para ti amiga do coração... e que a vida te dê tudo aquilo que te desejo e tantas vezes não consigo dar. so quero que saibas uma coisa mais... onde quer que o futuro te leve... conta comigo! sempre! nunca mas nunca te vou virar as costas... *

[desculpa o post, ficou meio estranho, mas conta a intenção :)]

[pedro abrunhosa - tudo o que eu te dou... adaptado a ti]

'E logo ali eu sei...
Que tudo o que eu quero
É ficar ao pé de ti
E tudo o que me deste
Foi o que eu sempre quis
E tudo o que desejo
É que sejas feliz...
É que sejas feliz...'

shadow

Estava a anoitecer e senti que estava a ser seguida... olhei para trás e lá estavas tu, apenas tu, como sempre. tu, que estás comigo em cada dia e conheces todos os meus passos, os meus gestos, podes-me ajudar? tu, que cais quando eu caio e te levantas ao mesmo tempo que eu; que fazes o que eu faço, [que sentes o que eu sinto?]

tu, amiga ingrata, que apenas me acompanhas quando ha sol e me deixas sozinha à chuva e perdida na escuridão da noite; tu, que és parte de mim, consegues afastar-te e veres-me de fora? (para dentro de nós?)consegues sentir que há dias que sou tão grande e outros em que sou tão pequena? consegues perceber que há momentos em que me sinto capaz de mudar o mundo e outros não me consigo sequer mudar a mim própria? como pareço vista aí de baixo? sou tão desfigurada como tu? sou tão negra como vi hoje no meu reflexo ao espelho e em ti, no chão? axas que sou alguém?

tu, que tens o poder de me tornar gigante quando me orgulho de mim e tão pequena quando tenho medo de me ver, que me acompanhas e te infiltras em todos os meus momentos [mesmo os mais privados...] sem que ninguém dê por ti, sem que ninguém saiba da tua presença... podes-me estender a tua mão [a minha?] agora? consegues ligar-te ao sol e indicares-me a minha direcção, o meu norte? consegues, sem ele ver, roubar-lhe um raiozinho e pintares-te com a sua luz? e achas que depois, quando olhar para ti, [quando olhar para mim]... me vou sentir brilhante? [will it keep me safe from harm?]

memórias

dizem que o meu corpo é feito de células. tudo mentira!
eu sou feita de memórias.

memórias do que fui, memórias do que sou, memórias do que ainda está para vir.

e são baratas!
alimentam-me os sonhos, fazem-me respirar, combatem os medos e ajudam-me a viajar sem gastar mais que um pouco de esforço e imaginação.

tenho memórias boas, tenho memórias más. estas últimas estão cheias de pó, enterradas bem no fundo de mim onde ninguém pode chegar, onde raramente quero voltar.
mas depois tenho as outras. e estas são longas e incontáveis, aumentando de número a cada segundo que passo com vocês. estas espalhei-as por tudo aquilo que sou e mostro aos outros, em cada mão que vos estendo e já me foi estendida, em cada palavra que vos sopro porque já me ensinaram a dar-lhe valor. podem vê-las no brilho com que vos olho, guardadas o suficiente para serem um tesouro só meu, mas expostas de maneira a verem como sou feliz, como me fazem feliz.

é por isto que é essencial pensar bem os nossos actos... para que ao longo da vida nos tornemos pessoas cheias de brilhos e não apenas mais um daqueles que morrem sufocados em arrependimento e poeira.

Parabéns Tixo! (:

Surpresa!

este hábito k nós ganhámos ultimamente de fazer surpresas a tudo quanto é gente tem as suas vantagens... ja viram a felicidade nas nossas caras? :)

Parabéns a você...

... muitas felicidades, muitos anos de vida!

Obrigado, Obrigado...

excusam de fazer fila... eu só dou autógrafos no fim!

DISCURSO! DISCURSO!

bem... [silêncio] queria agradecer [silêncio grande]. Não sei o que hei-de dizer!! Para o ano vou escolher física e por isso não vou ficar convosco... [silêncio] mas... [silêncio] queria agradecer... [és um querido :P]


bem miudo... optei por deixar estas imagens porque nao estou nem de perto nos meus melhores dias e estou com uma certa dificuldade em juntar as palavras que descrevem o que sinto. mas afinal... imagens valem mais k mil palavras certo? :) ainda assim, quero k tenhas uma ideia de como gostei de passar todo este tempo contigo. ultimamente andamos às turras... talvez o cansaso de tudo o que temos enfrentado nos últimos tempos, mas uns dias sou eu, outros és tu, o que se pode fazer? Mas vou esquecer isso.

Contigo ja percorri meio mundo. Mal sabia o teu nome e ja dávamos as mãos para lá da fronteira, literalmente perdidos na noite fria da cidade londrina. não, não encontrei um namorado. encontrei muito mais do que isso. encontrei um amigo.
nunca vou esquecer os nossos almoços ao longo destes dois anos, sempre repletos da alegria estonteante que tanto te caracteriza. a forma como aldrabávamos as senhoras da cantina ["rápido, rápido, esconde!] e lá ia o Tixo [vou-te chamar Tixo porque é parolo, assim como este texto :P] todo contente com mais duas taças de leite creme. também não vou esquecer as nossas tardes nas bancadas [e agora que penso nisso sinto que já passaram anos] com conversas parvas e outras nem por isso, com fardos partilhados e festinhas na cabeça.
Depois ainda houve mira, de onde tirei esta fotografia por mostrar claramente a pessoa que és: um apaixonado... [podia escrever romântico mas acho k isso era muito à stora de portugues :)] pela vida, pelas pessoas à tua volta. Aquela pessoa divertida cuja companhia toda a gente quer [menos quando estás com o período... sim, tu também deves ter o período de certeza :P] sempre com vontade de distribiur carinho por todos. Sim... 'um abraço aqui, um abraço ali, abraço toda a gente abraço quem nunca vi'. E é esta tua atitude que te torna tão especial e que faz brilhar os olhos dos teus amigos ao falarem em ti, e faz brilhar também os meus quando agora penso numa eventual separação. Mas a vida é assim, cheia de caminhos que se cruzam e que levam tanto de nós e deixam outro tanto aqui. como o que deixaste em mim.
isto não é uma despedida... e acho que por muito tempo não terá de haver uma despedida para nós. eu não vou deixar :) é apenas um apelo para manteres esse teu lado de que tanto gosto, quando passas as noites connosco e as tornas maravilhosas porque estás presente em vez de nos abandonares e optares por um divertimento bem mais artificial. [noite sem o tixo não é noite! :)]. Assim como adoro quando nos juntamos a cantamos musicas da disney, quando cedes às minhas exigências e me contas ao ouvido a história do macaco com o rabo cortado como contavas à Laurinha, adoro quando nos sentamos na praia à luz das estrelas a jogar ao jogo das mãos, adoro quando dançamos musicas populares e caímos todos quando nos tentamos sentar. adoro as nossas sessões fotográficas, adoro o teu dedo ao contrário, adoro os nossos dias de parvoíces, adoro as viagens até à figueira, adoro quando jogamos à sardinha, adoro os gelados da emanha ao entardecer no rio, adoro os teus olhos azuis-esverdeados... ADORO-TE!

desculpa este testamento :) desta tua amiga, em cuja vida estás marcado não só no album de fotografias mas sobretudo no coração [sim... naquele lado do coração que nós sabemos ;)]

sê feliz! :)

Todos os dias ele apanhava o comboio. Saía de casa à pressa ainda com os atacadores por apertar e a agitação da noite anterior por pentear. Tinha tudo o que um homem podia desejar: uma mulher bonita que tratava dele, 3 filhos que o enchiam de orgulho e um trabalho que lhe pagava o prestígio e as extravagâncias.
Sempre que se sentava nos bancos gastos do comboio sentia o peso da idade desaparecer. As rugas escondiam-se devagarinho e dava por si com um sorriso traquina como quando em criança roubava maçãs da árvore da vizinha. Fechava os olhos e imaginava-se numa viagem espacial, prestes a derrotar os monstros que vinham invadir a Terra. Não havia gravidade e os seus sonhos voavam sem limite, conquistando planetas, dando voltas ao mundo, alncançando o infinito. Depois, abria os olhos de mansinho e sentia-se preso num universo demasiado pequeno para ele. Suspirava e o cansaço do dia que mal começara caía-lhe em cima como as vozes do coração que temia ouvir.
Seguidamente, perdia-se para lá da janela. Via a agitação da cidade e sentia a vida a fugir-lhe. Todos os dias eram iguais: as mesmas pessoas, os mesmo edificios a espreitar pela neblina da manhã, a mesma gritaria matinal, o mesmo cão sentado à beira da estrada, o mesmo candeeiro a precisar de arranjo. Todos os dias saía na mesma estação e lá estava o mendigo abandonado pela vida lutando por mais um dia. O tempo embrulhava-se e já não se lembrava de outra vida, de outros tempos, de um caminho que não o que as suas pernas seguiam sem lhe pedirem opinião.
Sempre que o comboio parava, uma força invisível lutava por arrastá-lo pela porta, em busca de um futuro desconhecido que respondia às vozes do seu coração. Uma vida cheia de novas vidas e muitas perguntas. Mas quem olhasse como atenção para o nosso homem via como apertava as suas pernas com uma força tremenda, resistindo ao impulso que o podia levar para longe do que conquistara...

mas afinal, quem quer mais perguntas quando ja tem tantas sem resposta? por que é que sonhamos noite e dia com um futuro diferente e criticamos a rotina como um defeito da alma mas nos agarramos com toda a força a cada bocadinho que achamos que nos pertence e que nos dá segurança para continuar? por que é que queremos mudar e transformar-nos num outro alguém quando no fim da vida ainda estamos a tentar perceber quem somos?

mas será que podemos estar em total segurança sem a nossa dose de liberdade? será que podemos repetir a mesma viagem para sempre? cruzarmo-nos com 50 mil outras viagens que se sentam no nosso banco da frente e que por vezes se adivinham tão mais excitantes que a nossa, e ainda assim, optar pela velha calçada que nos viu nascer?

e se um dia quiséssemos mudar de vida?

e se um dia...
... saíssemos noutra paragem?

fugir... [pra bem longe, outro lugar]

vou fugir...

sim.. fugir! fugir de ti, de todos, fugir de mim...
não sei quando volto. [não sei se quero voltar...] mas vou...
vou encontrar-me.
vou até que as ondas do mar não tenham mais historias para me contar.
vou até que a brisa me arranque a última insegurança, o último medo.
vou até que o meu corpo se drogue de maresia e esta me mostre o rumo a seguir.
vou até que a saudade me cegue e não me deixe mais continuar...

e depois, seguirei a minha vida... voltando para trás.
[até quando?]

Parabéns Aninhas! :D


mais uma fotografia de duas gajas lindas [epa... eu so conheço gente gira :P]
por acaso esta fotografia ta brutal mesmo :) bem... era pra mandar um grande beijo à menina da direita :P [ok, pode ser um para cada uma mas um especial para a ana :P]

parabéns! parabéns!
... hoje é o teu dia, o teu dia mais feliz! :)

e espero que tenha sido um dia muito feliz mesmo... assim como espero k o sejam todos ao longo da tua vida [não tenho dúvidas que mereces] :) e sim... acho-te uma gaja 5 estrelas :) [nao sei como podeste pensar k nao gostava... mas eu tb pensavak nao gostavas de mim ;)]

sê feliz! :)

a noite vai longa
o sono demora
o relogio irritante
num silencio sufocante
como quando foste embora

dançam as sombras
na cidade deserta
onde batem coraçoes
sofrem multidoes
e a saudade aperta

la em cima as estrelas
suspiram por ti
e num beijar ciumento
entregam ao vento
o amor que perdi

viajo sem norte
sem sombra de ti
e nesta noite tão fria
na minha cama vazia
recordo o que vivi

esconde-se o tempo
e tocam canções
renascem memorias
sonham-se historias
voltam ilusoes

uma estrela cadente
os sonhos que eram meus
peço um desejo
sinto o teu beijo
e esqueço o adeus

ainda ouço a tua voz
o toque da tua mão
o cheiro viciante
o olhar tão brilhante
o sabor da paixão

mas ja nao sei onde estou
nao sei mais o que senti
ja nao es tu que vejo
nao es tu quem eu beijo
apenas vestigios de ti

protejo-me do escuro
no lençol de flanela
abraço a almofada
espero a madrugada
e renasço com ela...

mais um repetido... beijinhos :) *

ha uma linha ténue
bem debaixo de mim
sinto-me presa a ela
como se evitasse o fim

guia-me passo a passo
nao me deixa recuar
ilumina o meu rumo
que percorro devagar

mas o futuro que quero
nao tem uma direcção
nao é apenas uma linha
uma vida, uma cançao

quero viver mil historias
amar sem me ferir
descobrir novos sentidos
sem ter medo de cair

sentar-me junto à fogueira
dançar ate amanhecer
sorrir a vida inteira
sonhar e adormecer

quero tocar a lua
com a ponta da minha mao
lutar com unhas e dentes
quando a vida disser que nao

quero correr pela praia
contar as estrelas no ceu
quero guardar memorias
e defender o que é meu

e quando nao vir a linha
sei que vou perceber
que nada na vida nos prende
e nos impede de vencer

diz-me entao porque tu
continuas a olhar para ali,
como se o teu caminho
nao dependesse de ti

esquece a linha e liberta
o grito que te abala
e se queres que a sorte mude
tens de ser tu a mudá-la...

porque é que a vida é tão injusta?
[se alguem me poder dar uma resposta logica, agradeço]

feels just like crying...

- gosto de ti
- gostas de mim, quando?
- quando??
- sim... quando?
- agora!
- oh, entao e agora ja nao gostas de mim?
- acabei de te dizer que gosto de ti agora!

- pois... mas o agora não existe! o tempo é apenas ficção... enquanto dizes 'agora' nasce um bebé e morre outro. enquanto pensas, uma filha encontra a mãe perdida pelo tempo e outra é arrancada dos braços maternos num qualquer acto de violência. enquanto respiras um alguém morre de fome e um outro de gulodice. enquanto piscas os olhos dois amantes entregam a sua virgindade e um homem num canto escuro e remoto do mundo aproveita-se de uma mulher indefesa. em cada gesto teu ha uma imensidão de desejos que se realizam e outros que se tornam impossíveis de realizar, ha um qualquer primeiro beijo e um outro que se torna o último... o tempo nao é mais do que uma ilusão para que possamos organizar as nossas vidas.

- e agora... gostas de mim quando?

ele olhou-a nos olhos suplicantes e deu-lhe um beijo profundo... e ela soube que tempo nenhum poderia alterar aquele sentimento.

parabéns!

um grande beijinho para este menino que a vida quis separar de nos, para que saibas que as tuas visitas sao sempre muito bem vindas e que deixaste a tua marca na nossa turma... menino, que tenhas tudo do melhor que a vida tenha para oferecer... e lembra-te de nos, porque nos nao nos vamos esquecer de ti (: temos de combinar umas coisas estas ferias... [queres descer o rio connosco?] beijinhos para ti miudo :)

mais um texto que ja conhecem, mas hoje nao ha tempo para mais... :) beijinhos *

hoje deitei-me na nossa espreguiçadeira, amor. ninguém nunca sonhou que ela era nossa, e talvez nem te lembres que já o foi, mas sempre que passo por lá ainda te vejo. hoje deitei-me a teu lado. abracei-me com força e senti-te, como quando fazias parte de mim.

lembras-te?

a noite era nossa e o tempo parecia ter parado para perpetuar o bater coordenado dos nossos corações. ainda recordo o mar nos teus olhos [num verde-azul perfeito] e o teu sorriso aparvalhado como se eu fosse a mulher mais bela do mundo [seria a do teu mundo?]. acho que não acreditava se me dissessem que naquele momento existia algo para além de ti, para além de nos, para além dos teus cabelos loiros entrançados nos meus castanhos, para alem da tua mão na minha e dos meus lábios nos teus, dos meus arrepios e da vontade de fazer parte de ti para sempre...

sabes meu amor, o meu pai ainda lá dorme uma sesta de vez em quando, na nossa espreguiçadeira, o meu irmão também por lá fica a fingir que estuda e a minha mãe ainda olha o céu [o céu que foi nosso naquela noite], enquanto fuma o seu cigarro, e eu... eu... continuo-me a deitar lá, ao pé de ti, a abraçar-me-te com toda a força.

como eu adoro esta fotografia... :)

with so many people to love in my life
why do i worry about one
but you put the happy in my ness
you put the good times into my fun

we've tried the goodbye so many days
we walk in the same direction so that we could never stray
they say if you love somebody then you have got to set them free
but i would rather be locked to you than live in this pain and misery

they say time will make all this go away
but it is time that has taken my tomorrows and turned them into yesterdays

and once again that rising sun is droppin' on down
once again you my friend are nowhere to be found...

Dia da Criança

ai ai ai... alguém ja viu coisa mais linda? impossível :D é o meu priminho! (:

isto so porque é dia da criança e eles sao sem duvida o mais bonito e o mais puro que o mundo tem para dar... toda aquela felicidade tão mais racional que a dos adultos [sim, pk os adultos necessiam de ter razoes para se sentirem felizes sem perceberem que pelo contrario a infelicidade é que necessita de justificação...] que nos deixa fora de nos e com uma vontade incontrolável de os abraçar como se fossem [e são!] um tesouro enorme que nao queremos largar nem por nada... :)

beijinhos para voces, para que nunca deixem morrer as crianças que têm dentro e que vos tornam tão mais especiais... :)

es filha da natureza...

tens o mar a brilhar-te nos olhos e o sol a espreitar pelos cabelos loiros.
tens os braços de uma andorinha que anseia por voar para longe e as pernas do canguru que quer saltar sobre todos os obstaculos.
tens a força de um leão e a fragilidade de um passarinho recém-nascido.
tens a determinaçao de uma avalanche e temes o escuro como uma florzinha pequena.

por vezes... ligas-te ao vento e ele leva um pouco de ti para um mundo sem fronteiras espalhando por todos uma sensaçao enorme de tranquilidade... não, o teu coração não tem limites.

mas na natureza nem tudo brilha como os teus olhos, nem tudo é reconfortante como a tua mão, nem tudo é sincero como o teu sorriso.
por vezes, ha tempestades mirabolantes que afastam o sonho mais audaz, ha incendios que queimam qualquer restia de esperança, ha erupções que te fazem sentir tão pequena que pensas ser impossível ter força para levantar...

mas a verdade... é que tens! nao importa se passa um dia, um mes, um ano... pouco a pouco a alma voltará a juntar todos os seus bocadinhos até que fica uma fenda tao tao pequenina que mal a vais sentir! :) nao te prometo isto, mas prometo que a minha alma é tua sempre que tiveres um buraquinho que queiras preencher...

sim joaninha... seremos cúmplices o resto da vida.