Wednesday, July 27, 2005

Love is a Coincidence

Monday, July 25, 2005

ha alturas em que penso que não podemos estar sozinhos, mesmo quando é o que mais desejamos.


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não quis pensar em ti. já nem sequer te procuro quando tremo de frio como naquela noite em que tiveste medo de me apertar com demasiada força porque não me querias perder. mas a janela tinha ficado ligeiramente aberta... e foi o suficiente. precisamente na altura em que a música me deixava mais vulnerável, uma brisa forte entrou pela janela e para dentro de mim num beijo que me envolveu o corpo e me despiu de dúvidas... não, não estamos sozinhos.

há por aí alguém... que nos entra pelas janelas e nos venda os sentidos para não darmos pela sua presença.
alguém que nos segreda pensamentos e sentimentos que nos assustam por acharmos que são nossos. e faz-nos não gostar de nós.
alguém que navega no nosso mar mais tenebroso e brinca com os bocadinhos de coração que vamos deixando nos outros. e depois cola-os todos no sítio errado e leva-os para longe de nós. como se fosse possível viver sem bocadinhos do coração...
alguém que nos impede de conhecermos os outros e a nós proprios como se tivesse medo que depois de sabermos as regras do jogo, deixássemos de jogar.
alguém que nos tira quem mais queremos e depois nos dá outros corpos, como se na vida os corpos podessem substituir as almas...

há por aí alguém, eu sei...
mas de mim não leva nada.

Saturday, July 23, 2005


Posted by Picasa

mil sonhos, mil historias, mil suspiros que soltei na madrugada do silêncio. a praia ainda mal nasceu e alimenta-se dos perfumes das almas que como eu se entregam à maresia. em cada onda uma resposta sem pergunta e mil perguntas sem resposta.
em cada dia vivi mil dias e ainda me sinto a nascer. é uma daquelas palavras que quanto mais vezes repito mais estranha me parece. dias. dias. dias. tantos, tantos...
uns intensos outros banais.
uns que me empurram para a frente e outros para trás.
e outros vazios. daquele vazio que me consome e me aperta cá dentro porque não consigo arranjar-lhe um sentido ou por outra razão qualquer que é sempre razão nenhuma.
ou outros dias. dias em que ando pela rua no meio de multidões e de repente, muito de repente, sorrio estupidamente e sinto uma vontade avassaladora de saltar e chegar ao céu e abraçar o mundo e toda a gente.
dias em que quero ouvir música em altos berros e dançar até cair e outros que quero apenas ficar assim, prisioneira das ondas que agora se revoltam e me misturam os sentidos numa canção que já me cantaram ao ouvido.
e rio. e choro. e salto. e danço. e canto. e grito... um grito que me leva o peito para uma vida que está ali mesmo no horizonte e que é minha e me leva a todos os cantos do mundo onde quero estar e a todos os pedaços do céu que quero ser. basta esticar a mão... e vou chegar lá.
todos, todos os dias.

Monday, July 18, 2005


Posted by Picasa

Sentei-me na sombra da árvore como mil e um haviam feito antes de mim. Respirei fundo encantada com a possibilidade de me esconder naquele bocadinho de mundo e observei a vida como quem vê um filme que em nada lhe diz respeito.
E vi realmente outro mundo. As pessoas corriam desenfreadamente para entrar e sair do autocarro, fumavam um, dois, três cigarros num nervosismo mal disfarçado, olhavam repetidamente para o relógio e temiam o tempo como a batata quente que escalda se nao fugirem dela.
A sua urgência alastrava-se e acelarava as batidas dos corações das pessoas que as rodeavam até que em pouco tempo todos estavam infestados. Eu mantinha-me serena, lamentando aqueles que passavam sem reparar que o mundo tinha muito mais para oferecer e sabendo que seriam poucos os que se lembrariam daquela paisagem bonita.
Foi então que o vi.
Estava sentado num banquinho, com as maos trabalhadas pela vida sob as calças cinzentas fora de moda. O seu olhar era longinquo mas apesar da distância e dos óculos, o seu brilho cor-de-água nao passava despercebido. Aquele, pensei, era quase tão velho como o tempo que as pessoas temiam, e talvez fosse por isso que ninguém se aproximava do banco de jardim...

"Parado e atento à raiva do silêncio
De um relógio partido e gasto pelo tempo
Estava um velho sentado no banco de um jardim
A recordar fragmentos do passado

Na telefonia tocava uma velha canção
E um jovem cantor falava na solidão
Que sabes tu do canto de estar só assim
Só e abandonado como o velho do jardim?

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim

Passam os dias e sentes que és um perdedor
Já não consegues saber o que tem ou não valor
O teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
Para dares lugar a outro no teu banco do jardim
O olhar triste e cansado procurando alguém

E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
A imagem da solidão que irão viver

Quando forem como tu...
Um resto de tudo o que existiu...

Quando forem como tu....
Um velho sentado num jardim"


Porque há mil milhões de palavras no mundo e nem uma é capaz de se aproximar um bocadinho daquilo que significas para mim, porque há coisas inefáveis e é por essa razão e não por outra que não tento mostrar-to a escrever...
obrigada por me dares tudo o que me orgulho de ser, me ensinares tanto de mim e da vida, e por seres sobretudo uma amiga, daquelas que valorizo acima de tudo no mundo e que espero preservar sempre...

espero que me ajudes a seguir os teus passos, pois será a maior realização pessoal que poderei alcançar.
e não te valorizes em pequenos gestos destes... fá-lo antes em cada olhar que te lanço... só aí podes ver como brilhas...

Obrigada, mãe! :)

Saturday, July 16, 2005

Parabéns Mafaldinha! (:

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Isto é apenas para te deixar um grande beijinho, para que o juntes a todos os outros com os diferentes sabores das vidas que já vivemos.

Porque contigo aprendi que há sentimentos que perduram e resistem às curvas do tempo, que há músicas que para sempre acelaram o bater do coração e nos servem de banda sonora de tempos tão felizes como aqueles que passei ao teu lado. [you're one in a million...]

Porque há coisas que já não se podem dizer, apenas se sentem e por muito que o tempo nos ensine a mudar e a crescer, há memórias intocáveis que nos ajudam a manter o equilíbrio e nos ensinam a ser pessoas melhores. não tenho dúvidas que foste uma grande produtora destes passados que me guiam e que nunca poderão ser passados porque continuas muito presente em mim...

Parabéns miúda :) não só pelos 19 aninhos (my god!) mas sobretudo pela pessoa que és e te tens tornado, porque sempre foste especial e sei que o serás sempre ao longo da tua vida...

nunca desistas de sonhar, pois a palavra sonho não tem qualquer sentido aos meus olhos se não acreditares nela...


e por falar em sonho, deixo-te aqui isto... que já escreveste há tanto tanto tempo mas que nunca estará ultrapassado (estive muito indecisa porque tenho coisas tuas lindíssimas!)

'Um dia sonhei
Que o céu era meu
E num instante
Uma estrela nasceu.

A estrela desceu
Do Universo sem fim,
E quando chegou
Tinha uma novidade para mim:

-Sou uma estrela da sorte
Que nasceu para te ver,
E de agora em diante
Vou-te proteger.

Perguntei-lhe o seu nome
E ela respondeu:
-Sou uma simples estrela
E desapareceu.

Mesmo estando acordada
Tenho a sensação
De haver uma estrela
Que me dá protecção.
'

apenas para que não tenhas dúvidas disso mesmo... pode passar um ano, 10 ou mil... farei sempre tudo o que estiver ao meu alcance para te estender a mão... (can i keep you? :))

and look right above... i'll always light your way.

And I always will remember all the strength you gave to me
You're love made me make it through
Oh I owe so much to you
You were right there for me...

In my heart there'll always be a place for you
For all my life

I'll keep a part of you with me
[everywhere I am, there you'll be]

*etasbiry*

Tuesday, July 12, 2005


Parabéns!

Parabéns!! (:

não posso deixar de te enviar um grande beijinho, a ti, porque és uma pessoa cheia de qualidades que admiro, pela tua necessidade de ajudar e ser útil aos outros, por seres sempre tão prestável e sobretudo um amigo que prezo e quero manter...

sinceramente, obrigada!
pela pessoa fabulosa que revelaste ser e por me fazeres sentir especial de uma forma que há muito me tinha esquecido...

um grande beijo vindo daquele espacinho do meu coração que já conquistaste... :)

e sê muito feliz... mereces!

P.S - amanha prometo que terás um dia e uma noite à tua aultura ;)

Saturday, July 09, 2005




Sentei-a na cadeirinha de baloiço e empurrei-a com a força do vento que suspirava suavemente naquela madrugada. Pensei que iria cair mas o seu silêncio pediu-me mais.
os seus olhos brilhavam na expectativa de chegar ao céu... tão perto... e tão longe... cada vez mais perto... e mais longe.
em cada balançar uma nova esperança de ultrapassar as barreiras do existencial e chegar mais além, naquele lugar que se torna restrito para os humanos que deixam de sonhar. Mas nunca chegava.
Subitamente percebi que queria que parásse de empurrar o baloiço. Olhei tristemente para o chão, lamentando a sua fraqueza que se tornara minha por não a poder ajudar. Mas uma força obrigou-me a olhar novamente para cima. E lá foi a pomba branca, com a asa milagrosamente curada, em direcção a casa... em direcção ao céu...

não, não posso indicar-te o caminho, pois o caminho que escolher será sempre o meu e nunca o teu... mas estarei aqui quando o escolheres... e quer seja ou não o que te salva, percorrê-lo-ei contigo até ao fim.

Thursday, July 07, 2005

foi um só momento. um pequeno instante. uma brisa arrepiante que me passeou pelo corpo e me aqueceu. e viajei. por todos os olhares húmidos que cúmplices, como eu, sentiam soltarem-se as amarras. ébria de cores e aromas, de palavras e acordes de uma saudade estranha do que fui e quero ser.
a fé impede-nos de viver pois põe todo o prazer no futuro, eu sei. mas ainda assim acreditei. acreditei em ti, em mim, em todos os lugares para onde corre o que me sai do coração, mesmo o que não encontra o caminho de volta.
e nasci. e morri. mil vezes. nas palavras que libertaram o pozinho das estrelas e me levaram para um longe só meu, onde vivi e revivi as marcas que guardo na alma e na pele.
sofri também. um medo furioso do ponto final, tão pequenino e tão esmagadoramente triunfante. mas necessário. porque cada final é um novo começo e é urgente recomeçar...

obrigada, Mafalda Veiga.