A verdadeira felicidade custa pouco. Se é cara, é porque a sua qualidade nao presta...

[sim... sou eu (: ]

i know you're strong my beautiful one

a vida é uma sucessão de momentos e oportunidades que ora ganham ora perdem importância. tudo o que se encontra à nossa volta ja esteve no centro do pensamento de alguém e agora nao passa de uma rotina que aprendemos a ignorar por tomarmos como certa...
entramos numa sala à qual ja nao damos a minima atençao e esquecemos que o sofa custou o suor de varias pessoas, que o computador eliminou muitos neuronios e que os livros cheios de pó na prateleira guardam segredos da vida de outros estranhos [estranhos como nós].
Ora, todos temos dias assim... dias em que estamos no centro do mundo e outros em que nao passamos de uma pedrinha da calçada pisada por uma multidão... dias em que temos tudo, e dias em que nao temos nada.

isto para que saibas, sim tu... viajante que a vida abandonou entre dois destinos incertos, que a tua hora ainda nao passou... simplesmente todos temos os nossos momentos e por mais que pareça que o teu beco nao tem saída, basta continuar a tentar abrir as asas... um dia conseguirás voar e encontrar o caminho de volta para dentro de ti.

Noite cerrada, o corpo encolhido na praia numa tentativa falhada de aquecer o frio que vem de dentro. é um daqueles momentos em que o sentimento nao é bom nem mau... ha apenas uma vontade irrecusável de fechar os olhos no infinito e sentir as historias do mar na pontinha dos pés. o pensamento esconde-se no barco vermelho que se afasta para longe e navega em circulos fechados como as voltas que a vida dá. aproximo-me do mar e deixo-o desfrutar também dos meus segredos mais íntimos, tão menos heróicos do que ele mas com tanta neblina que se sente invejoso... apodera-se de mim, procurando as respostas que nao encontro e levando consigo as perguntas que tanto me apertam. agradeço-lhe e sinto-me mais leve...

o que somos afinal, se nao uma tentativa permanente de nos encontrarmos nos outros?
o que queremos se nao uma mao forte quando ja nao sabemos fazer acrobacias?
o que procuramos para além de alguém que nos faça tremer de calor quando esta frio?
alguém que nos acenda a lareira e nos apague o fogo?

entao... de que fugimos? por que nos escondemos se nem sabemos o que queremos que nos encontre? por que desejamos uma perfeição que nunca houve?... porquê uma mão suave quando a áspera também nos segura? por que teimamos em organizar os sentimentos dentro de nós, quando a vida mistura tudo e nos deixa perdidos? por que tentamos planificar o futuro se nada nos sabe melhor que o imprevisível?

nao somos mais que filhos do tempo, numa encruzilhada de relações atadas por fios e nós que nos prendem e nos seguram, tentando a todo o custo passar por cima e por baixo até nos desatarmos e combatermos as imperfeiçoes...

pena que nao percebamos que quando estivermos soltos nao somos livres... nem somos nada.

Parabéns Patricia!

um grande beijinho para esta menina tao linda e de que gosto tanto :)

e espero sinceramente que a vida nao nos separe tao depressa como temo e que ainda possamos partilhar muitos cocktails carissimos, muitos mergulhos na praia e muitos 'forever more'... que tenhas tudo de bom miuda :) nunca desistas do que houver no mais fundo de ti e o mundo é o que quiseres dele :) *

obrigada por essas gargalhadas inconfundíveis :)
e sê feliz! :)

p.s. espero k tenhas gostado da nossa surpresa ;) *

hoje ouvi uma historia que possivelmente muitos de voces ja conhecem... foi uma rapariga Australiana [penso eu] que foi para a Indonésia. À ida para lá [ou à vinda, nao sei bem...] encontraram-lhe nao sei quantos kilos de droga na mala. Foi levada a tribunal onde nao foi capaz de fazer nada para além de chorar desesperadamente, e repetir que era inocente alegando que nao tinha qualquer ideia de como aquilo ali tinha ido parar. A rapariga foi condenada a 20 anos de prisão e ainda lhe disseram que aquilo era um favor porque em casos semelhantes a sentença era a morte imediata.

A mulher ate podia ser culpada. Mas e se não era?

O ano passado quando fui para a Tunisia roubaram um telemóvel da mala de um amigo dos meus pais. A fechadura estava intacta e não havia dúvidas de que o telemóvel estava la dentro e simplesmente desapareceu. Isto apenas prova que nao é de todo impossível inserir seja o que for na mala de alguém.

E se fosse convosco? Se fossem apanhados num aeroporto com nao sei quantos kilos de droga sem ter qualquer ideia como? E se fossem depois condenados a 20 anos de prisão?

Ainda me pergunto como é que as pessoas que provocam este tipo de sofrimentos conseguem viver... não é com certeza através das batidas do coração... não acredito que o tenham.

horas de viver

ele vivia obececado com o tempo, sempre preocupado em fazer tudo sem ter oportunidade de fazer nada. nao usava relogio mas estava constantemente a perguntar as horas a todos por quem passava. depois desesperava, em panico por nao ter cumprido determinado horario ou promessa. até que um dia passou pelo velho na rua:
- que horas são? - perguntou.
o velho olhou-o nos olhos e compreendendo a sua dor respondeu:
- sao horas de viver.

nesse dia o homem encontrou a sua estabilidade...

ela entrou devagar e fechou a porta silenciosamente.
ele caminhou de encontro a ela e abraçou-a com todo o sentimento matando as saudades que o sufucavam ja ha quase um minuto. as suas sombras dançaram nos cortinados brancos que brincavam com o vento num ultimo beijo apertado.
ela saiu sorrateiramente fechando a porta atrás de si e deixou-o petrificado o resto da noite, olhando para o ponto da parede onde o corpo dela tinha roçado pela ultima vez.

how i wish...

... i was already here.

parabéns Inês!

parabéns para ti, bailarina ;)
um grande beijinho e que tenhas tudo de bom (:

os tempos mudam.

a cidade muda. a noite muda. as cores mudam. as nuvens mudam. as folhas das árvores mudam. a natureza muda. os risos das pessoas mudam. os sentimentos mudam. os sonhos mudam. a vida muda...



e tu? porque é que nao mudas?
[porque é que ainda me deixas muda?]

parabéns tixi :)

um grande beijinho de parabéns à menina da direita :) e outro beijinho para a menina da esquerda :P [quem nao gosta destas miudas?]

fate

Sei que me guias, destino. Quase que te consigo ver… sentado no chão da tua nuvem, rodeado pelos milhares de brinquedos pequenininhos que nascem descontroladamente porque te desleixaste uma noite e os maiores não tem juízo. Consigo sentir-te aborrecido, a brincar com as vidas que se complicam e se embaraçam de tal forma que desistes de as tentar resolver…

Às vezes chateias-te a sério e pisas um ou outro objecto. Depois ouves pragas infinitas e o choro contínuo que reclama justiça por aquela alma tão boa que teve de abandonar o mundo. Por fim, bem sei, sentes-te mal e viras-te para o outro pólo, olhas para aquela senhora vestida de azul e concretizas os seus desejos envaidecido ao ouvir um “nem acredito que isto me está a acontecer”.

Quando acordas dinâmico provocas grandes reviravoltas nas vidas das pessoas. Achas que aquele ficava melhor noutro sítio e simplesmente muda-lo sem sequer imaginares que pode não ser a sua vontade. E assim os amantes são arrancados dos braços que os seguram, e assim os filhos fogem da casa que os criou, e dessa forma fazes rodar o mundo sem saberes já onde começou…

Mas hei! Eu! Estou aqui! Tão egoísta que peço a tua atenção! Tão pequena que provavelmente nem me vês… mas ouve! Sim, demorei todo este tempo a escalar-te e estou atrás da tua orelha. Junto toda a força que me resta neste grito… ouves a minha voz? Se realmente existes leva-me daqui… ensina-me a ser outro eu.

Acorda-me de mansinho e abre a janela. Rouba um bocadinho da noite e veste-me com ela. Deixa-me no mar e afoga-me em maresia. Casa-me com um príncipe, pinta-me de alegria. Dá-me um castelo de areia para viver. Diz-me que se lutar, posso vencer. Jura-me liberdade e força para ancorar. Enche-me de vontade, ensina-me a continuar. Agora dá-me um beijo e embala-me na tua mão. Devolve-me ao mundo e canta-me uma canção.

Hum?? Não existes? Não faz mal… afinal acho que consigo fazer tudo isto sozinha.

elixir

A noite dormia profundamente e arrancou-me em silêncio dos lençóis de verão que já não suportava. Sorrateiramente abri a janela. O vento soltava o seu grito e tagarelava com as árvores que lhe acenavam veementemente. O céu isento de estrelas sorria como quem calmamente aguarda o futuro sem surpresas e sabe que no dia seguinte tornará a brilhar.Na cidade escurecida amavam-se sombras e a própria noite concretizava os sonhos que a vida não pode ou não quer realizar. E senti que era o momento.
Saltei para a noite num clamor emudecido pelo nervosismo, tal Wendy em busca da Terra do Nunca, e sobrevoei a distância que nos separava até alcançar o peitoril da tua janela. Misteriosamente [tenho que admitir que sem ti, sininho, não sou nada] esta abriu-se e levou-me até ti. Num ápice levei a mão ao pequeno bolso e tirei de lá o frasquinho. Soltei umas gotas na minha mão e finalmente olhei para ti. A escuridão tapava os defeitos que não tinhas e perguntei-me se eras real. Quis deitar-me junto a ti e viver na ilusão do teu abraço. Talvez também eu deixasse de existir e podéssemos ser irrealmente felizes. Mas não era para isso que tinha ido até ali e optei por não te tocar [preferia não confirmar as minhas dúvidas]. Libertei as gotinhas já secas na tua almofada e voei de volta a casa deixando-te a sorrir perante o perfume de um futuro que estavas longe de imaginar...
Noite após noite, sem pedir licença, fui entrando no teu mundo e já não dormias descansado sem o aroma de mil cores que te deixava na almofada. Todas as noites crescia a vontade de te sentir e a ansia de te amar. Mas ainda não estavas pronto.
Até que um dia, depois de horas sem fim a ver-te enquanto dormias, cruzámo-nos na rua que se movimentava ao fim da tarde. Passei por ti sem te ver, tal ocupavas o meu pensamento e senti depois a tua mão no meu ombro. Virei-me acanhada e foi como se tudo o que temia, todos os medos, todos os receios, fugissem como o bater acelarado do meu coração.

- 'Olá!' - disseste - 'cheiras bem!'
- 'Obrigada!' - respondi.
- 'Queres vir tomar um café comigo?'
- 'Contigo? Com todo o prazer...'

tic tac

- trrrimmmmmm
- so mais um bocadinho por favor...
- levanta-te!! ja estamos atrasados...

mais um dia, mais uma corrida desenfreada...
olho para o relógio, salto da cama, tomo banho ainda com os olhos fechados, visto-me à pressa, penteio-me, dispo-me constatando que a camisola está do avesso, visto-a novamente, corro para a cozinha, tomo o pequeno almoço, lavo os dentes... saio.

entro no elevador, vou para o carro, olho para o relógio... oh nao! levo sermão, passa uma aula, passam duas, conversas sem sentido, piadas hilariantes, um sumo de laranja natural e um croissant misto aquecido, uma repreensao por chegar novamente atrasada [mas desta vez nao sou a única], mais uma aula, novamente o relógio que agora não passa, um olhar pela janela, o sol que está la fora e a praia que está tão longe... [um banho no mar, um gelado de 3 sabores, mergulhos infinitos, gargalhadas incontáveis, um pirolito, o cabelo comprido a pingar pelas costas, uma bola de volley, um rebolar na areia, corpos desenhados num moreno perfeito, uma criança, um castelo, uma toalha às riscas, um banho de sol, uma bola de berlim...] um suspiro... trrrim. finalmente....

mais uma corrida, voltar a casa, um almoço rapido, uma viagem de carro, uma explicação, um caminho a pé, entrar em casa, sair de casa, um treino, outro caminho a pé... chegar outra vez a casa, tomar outro banho, jantar num ápice, sair novamente de casa, uma aula de dança, regresso definitivo... [será?]

mais um dia. mais uma viagem... os pés doem, as pernas fraquejam, os ombros caem, os olhos pesam...

mas olho para o relógio. e sorrio. sorrio porque não ha nada como ir exactamente para onde queremos estar... :) e eu vou :P [ha alguma coisa melhor que a nossa caminha ao fim de um dia estafante?]




[citando a daniela:
quero apenas dormir
simplesmente cair na cama
e saber que ao menos ela me é fiel
ela nao me vai abandonar
porque lhe apetece ter um novo corpo em cima dela...]

campeões... campeões...
nós somos CAMPEÕES!

romance celta

mais uma noite...
mais um romance celta devorado furiosamente à luz da cidade adormecida.
que desejo... o de esquecer este mundo material e experimentar so por um dia a intensidade da vida naquelas historias. talvez podesse ficar com o papel de uma das personagens. daquelas que sao as escolhidas pelos feiticeiros a quem ja ninguém liga e têm um papel desmesurado, carregando aos ombros o destino do seu povo. e depois sofrem... sofrem e vivem com uma força que se perdeu nas gerações antigas e pouco ou nada preside na actualidade. quase que vos ouço perguntar... 'que tem isto de bom?' deixem-me adivinhar... nunca leram um destes livros? bem me parecia...
imaginem-se entao, num tempo em que os rios correm devagar como que num exercício matinal, a floresta apenas abre o seu caminho àqueles que têm bom coração e a natureza ri-se com as crianças que a ela se entregam. imaginem um mundo de homens e mulheres fortes de beleza há muito desaparecida, unidos por pedrinhas magicas de diferentes cores e com uma força sobrenatural, que vencem tudo e todos por um amor que ninguém excepto eles próprios julgava possível. imaginem todos os sentimentos no maximo da sua pureza, sem enganos nem desenganos, com dor mas uma dor sempre inocente e nunca provocada. imaginem as sensações trocadas entre dois amantes pertencentes a povos rivais, em que as palavras sao imcompreensíveis e desnecessárias e [tal como ainda hoje, apesar de os homens teimarem em usá-las para mais tarde descobrirem como eram desprovidas de sentimento] e os gestos valem dois mundos.
imaginem os vossos passeios ao longo dos montes infinitamente verdes, os mergulhos e as brincadeiras no lago, as noites ao relento protegidos apenas por um cobertor azul-estrelado que garante protecção e ensina as maiores lições de vida. sonhem-se à volta da fogueira, na época em que os homens ainda nao tinham tornado muda a noite, ouvindo a harpa da rapariga loira desejada por todos, que canta histórias de fadas, proezas e glórias. esqueçam que alguma vez alguem inventou outras formas de amor, esquecam a ciência que tanto trouxe mas tanto estragou e como eu... vivam estes dois minutinhos, nao vos peço mais... num mundo que nos traz uma calma de espirito inimaginável e que quando acordamos nos faz sentir que também nós podemos viajar ao longo de todo o mundo e encontrar os sonhos que pareciam tão pequeninos quando fixavamos um ponto na parede do nosso quarto...

obrigada inesinha, por esta paixão que partilhamos e por estes momentos tão bons que me dás :)

how come my heart be this complicated?

it seems so simple when you hold me...

agarra-me esta noite ...
sente o tempo que eu perdi (mmmmm)

agarra-me esta noite ...
... que amanhã não estou aqui.

is this love?

Eram a personificação do amor e do tempo. Viviam debaixo de promessas de paixao eterna e já há muito que os seus segredos se haviam esgotado. Ja reformados do mundo que os cansara, preparavam-se para mais um domingo em que a alegria lhes tomava conta da casa. Era sempre uma festa o chinfrim dos pequenos que corriam sem descanso fugindo das cócegas do avô e derrubando porcelanas antigas que perdiam todo o valor assim que eles revelavam os seus sorrisos marotos.
No entanto, à noitinha, quando a família saía, era um alívio. Podiam continuar o seu jogo, e era a vez dela...
Tinha sido um dia cansativo para ele e ela sabia que nao tardaria muito até adormecer no sofá. E assim foi. Assim que ouviu a respiração que ja sabia de cor levantou-se com um sorriso triunfante e dirigiu-se à cozinha. "É desta que ele vai desistir" - pensou.
Cuidadosamente, abriu o frasco do sal e largou os pequenos feijoes que tinha na mao. Uma vez que o frasco era um pouco alto, era dificil escrever a palavra, mas não desistiu voltando a sorrir sabendo ter encontrado o esconderijo ideal. O marido ha muito que deixara de cozinhar, com certeza que desta vez nao iria encontrar. Limpou os vestigios da tarde e deu um beijo na testa dele dirigindo-se para a cama. Nao era necessário chamá-lo, daí por 10 minutos ele acordaria e iria guardar os seus sonhos.
Na manhã seguinte o sol acordou-a e ela sorriu lembrando-se da noite anterior. Estava sozinha mas depressa ouviu um ruído vindo de dentro da casa. Espreguiçou-se calorosamente e aguardou o marido que entrava com um sorriso enigmático.
- Tenho uma surpresa para ti, meu amor - disse ele acendendo a luz com uma mão e com um tabuleiro na outra.
- Fiz-te o pequeno almoço - declarou.
Ela olhou-o espantada. Em 50 anos de casamento este era um acontecimento raro.
- Faço anos? - perguntou.
Ele voltou a sorrir como resposta. Dirigiu-se devagar à cama e estendeu o tabuleiro por cima das pernas já frágeis da mulher.
- Espero que esteja bom - disse. Ela voltou a examiná-lo orgulhosa. Apesar da idade, ele continuava um homem cheio de charme e ainda tinha nos olhos o brilho que a encantara. Pegou no copo de sumo de laranja que ele lhe dera e levou-o à boca devagar. Assim que os seus lábios experimentaram o sabor da fruta, os olhos arregalaram-se e ela cuspiu o líquido para fora.
- Bherkkk! - disse - sabe a sal!
- Ups - respondeu o marido numa gargalhada sonora que a desafiava - enganei-me no copo. Toma este. Ela levantou-se e abraçou-o como sempre faziam para festejar cada vitória no seu jogo secreto.
- É a tua vez! - segredou ao ouvido dela - E olha que desta vez nao vais conseguir.
Ela encontrou o seu olhar tentando perceber onde o marido escondera a palavra desta vez, mas sem sucesso.
Passaram varios dias e ela continuava a revirar a casa em busca da sua vitória. Mas nada.
- Vá lá! - pedia - Dá-me so uma pista!
Ele dava-lhe um beijo apaixonado na mão e respondia sorrindo: sabes que nao posso infringir as regras do jogo, procura no teu coração.
O domingo aproximava-se novamente e já se avizinhava a algazarra. Os miudos entraram na correria habitual e os filhos do casal sentaram-se à mesa tentando saber novidades da vida secreta dos seus heróis. Eles sorriam com a cumplicidade que sempre os descrevera e deixavam como ja era habitual a curiosidade e a admiração no ar.
De repente, ouviu-se um estrondo e a avó depressa se levantou receosa que algum dos meninos se tivesse magoado. Quando chegou perto da neta, sentiu um aperto no coração. Ela estava em pé, envergonhada, e no chão encontrava-se um quadro partido. Tinha-lhe sido oferecido pelo marido no primeiro aniversário de casamento e segurava uma fotografia dos seus tempos de namoro. Baixou-se tristemente e apanhou os pedaços da moldura que estavam desfeitos. Não demorou muito até se aperceber de uns riscos brancos em vários pedaços destruídos do caixilho. Juntou-os com êxito e ouviu a palavra nos lábios pequenos da neta:
amo-te.
Sorriu e dirigiu-se à mesa onde se encontravam todos. Baixou-se e colou a sua boca no ouvido dele: - É a tua vez... - murmurou. E abraçaram-se.

shall we dance?

e ele chegou de mansinho... por tras do coração dela que chorava baixinho, e estendeu-lhe a mao envelhecida pela vida...
- dança comgio!
- mas nao sei dançar...
- tens dançado comigo durante toda a minha vida...

accidentally in love

come on come on...
... move a little closer...

come on come on...
... I want to hear you whisper...

I surrender to the strawberry ice cream...