Sunday, November 13, 2005


Aproximou-se dela e tocou-lhe de mansinho no ombro.
Ela estremeceu.
Chamou o seu nome baixinho e perguntou-lhe como se sentia.
Ela não respondeu.
Brincou com o seu cabelo e deu-lhe beijos na orelha.
Ela não se moveu.
Parou.
Esperou.
Esperou mais.
Ela voltou-se hesitante. Olhos inchados, sentidos esgotados.
Ele deu-lhe um beijo aqui.
Outro ali.
Ela chorou.
Ele cantou.
Ela sorriu. Sorriso triste, que na alma não existe.
Abraçou-a. Amou-a.
Mesmo ali, sem segredos, sem medos.
E chegou o avião.
Ela disse adeus com a mão.
E partiu.
Nunca mais o viu.
Não chorou mais. Não voltou ao cais.
Pouco sofreu. Depressa esqueceu.
Ele ficou.
E nunca mais amou.

6 comments:

Anonymous said...

Sobestimas a tua propria capacidade, a tua imaginaçao, a tua criatividade....
Tornas-te transparente, escreves o que sentes, escreves o que sabes, sentes o que escreves e fazes fazes pensar quem sente...

R. said...

que bonito....

é fantastico! as significações que cada um atribui as coisas....

you mean a lot to me *

Lua said...

:') é mesmo como aquelas cenas que puxam a lágrima nos filmes... dizes tanto e se calhar tanto fica por dizer...

jinho enorme ;)

mtm said...

é triste mas bonito ao mesmo tempo...mas adorei =) pk é k escreves assim tao bem han?onde e k aprendeste k tb kero saber!=P
B*jinhos ;)

Anonymous said...

lindo, joana..amei!=)adoro-te linda;)*******

Anonymous said...

como tu es fantastica... como gostar de ler aquilo que escrever, como gosto de ti :) tenho saudades **