Saturday, October 18, 2008

Encostas-te ao mundo como se estivesse a abanar, levas peças antigas na esperança de te encontrar. E rasgas o olhar triste por uma importância de outrora, como se a vida te despejasse e se fosse embora. Esperas a viagem que te leve ao centro, espalhas-te pela calçada do que és por dentro. E dás enquanto tiras o que te está a sobrar, anseias enquanto o autocarro não pode chegar. Apertas o sorriso e deixas magia, despedes-te e no teu corpo caminha alegria. Tens tantas histórias para semear por aí, e incrivelmente chove de mais em ti. Mas o segredo propaga-se ao anoitecer, nenhuma vitória se deixa vencer. E hoje espalho-te pela minha utopia, e escrevo os teus gestos em contos de maresia, para que os teus passos possam sempre ecoar e a tua solidão não te roube o luar.

3 comments:

Mariana said...

:O sem palavras, linda! está mesmo brutal! e no fundo às vezes também me sinto um pouco assim..beijinhos com saudades, de te ver, de estar contigo, do que um dia partilhámos e de voltar a sentir como és, por dentro..

Anonymous said...

=')
já tinha saudades de te ler e de sentir esse ar inspirado e tão por dentro que respiras... desse suspiro que deixas escapar e nos dás um cheirinho dessa alma abraçada à vida bem dentro onde só tu chegas e deixas chegar :*

c.bruno said...

é sempre tão bom quando voltas *